Poesia
Advertisement
Nota: se procura pelo autor de nome Luís da Gama, consulte Autor:Luís da Gama.

Luís da Gama
por Raimundo Correia


A Raul Pompéia



Tantos triunfos te contando os dias,
Iam-te os dias descontando e os anos,
Quando bramavas, quando combatias
Contra os bárbaros, contra os desumanos;

Quando a alma brava e procelosa abrias
Invergável ao pulso dos tiranos,
E ígnea, como os desertos africanos
Dilacerados pelas ventanias...

Contra o inimigo atroz rompeste em guerra,
Grilhões a rebentar por toda a parte,
Por toda a parte a escancarar masmorras.

Morreste!... Embalde, Escravidão! Por terra
Rolou... Morreu por não poder matar-te!
Também não tarda muito que tu morras!

Advertisement